terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Epifania Desconcertada!

   A clara permanência desse corpo dito limpo, dessa essência tratada como pura, e desse  sentimento de amargura, me incomoda. Incomoda-me ao ponto de fazer-me em ímpeto buscar uma nova essência, que não seja perfeitamente pura, mas humana, despida de vergonhas. E quando todo esse desconforto tornar-se prazer, tudo seguirá de forma única, e, por conseguinte me formo em um novo turbilhão de hipóteses. Hipóteses que despendem o novo, inconstante e insustentável rumos, deixando do turbilhão, apenas uma palavra: interrogação!
Sonhar eternamente é uma clara alternativa. Seria o mundo diferente sem a minha presença em disparada? O mundo ficaria em desconforto com o meu sapato velho sem caminhos? Choraria o velho porteiro sem o meu perfume no ar? Meu anelo desesperado, inclina minha alma febril de descobertas à tortura, será que a alguém eu cativei?
Pensamentos desvairados sem algum sentido, vértices desconexos, catarses por libertação, diminuta e imprudente insanidade mental. Loucura audaz, permissiva, assustadora, prazerosa, inquietante, recôndita sanidade, leva-me a macular meu ser. Uma travada batalha entre o que se se vive, e o que se estima viver; cansativa tortura por pensar que perecer é um futuro certo. Cabe das lamentações despejadas, uma alternativa, descubro ou abandono-me no ócio de minha essência! Um bom soldado protege-se da sua própria armadura, para que tenha a oportunidade de combater mundo afora.
HEIZ, Guilherme – Rio de Janeiro
DAVID, Denilson - São Paulo
25/01/2011

Eu e um novo amigo, excelente crítico literário, compusemos essa prosa poética. Em vermelho (Guilherme), em branco (eu)!

Um comentário: