sábado, 26 de fevereiro de 2011

Farol!

Sempre sinto algo estranho quando vejo foto de um farol, não me perguntem o porquê, também gostaria de saber,só sei que é uma sensação enigmática rs...por isso resolvi escrever esta poesia, falando um pouco acerca do que eu sinto...



Farol...Farol, que és??? ah, já sei...
Escutas os segredos das águas sussurrantes do mar, de uma noite calma...
Sim... preenches tua misteriosa essência com o vazio, deste recanto que te cercas...
Foges da multidão para aprenderes contigo mesmo, sua estranha missão...
Oh, farol, possuidor de imensa brisa, escutas as aves marinhas que em seu sustentáculo encontram abrigo...
Também contemplas o mar sombrio, em momentos de tempestades em fúria, cujos navegantes temem o fim!!!
Farol, cujas paredes internas refletem vazio...imensurável, ilimitado seria se aquele que te avalia, em teu ser fosse além de tua aparência visível!!!

Denilson

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ser!

Segue sua caminhada, passo certo, sem medo!
Não se importe com a marcha, às vezes, cambaleante
Vague pelo seu percurso, indefinindo as proporções negativas...
Não guarde no esconderijo secreto, o rancor, o medo, a raiva sem causa!
Espelhe-se no amor, queira personificá-lo!
Absorva tudo que puder de paz, bondade, tolerância, perdão...
Não deixe de ser pelos outros, construa alicerces com solidez, para que seu futuro não venha desmoronar-se!
Denilson

O Louco

Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

Gibran Khalil Gibran

Querido leitor, reflita sobre essa frase: "... pois  aquele que nos compreende  escraviza alguma coisa em nós."




sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mal Secreto!

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Raimundo Correia

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Sonhador!

É noite no céu de agosto e a lua desliza no céu pelo tempo, dando um espetáculo todo especial. Mas ninguém a deslumbra, ninguém a  aplaude, pois todo dormem, todos sonham, ou quase todos...
Apenas um homem em algum lugar do planeta, com olhos embriagados de amores contempla a lua, tão formosa, rodeada de estrelas.
Encantado, ele viu na iluminada esfera secretas imagens de uma deliciosa profecia. Imagens que eram o seu sonho se tornando mundo. Imagens que era  mundo se tornando sonho!

[Parte extraída da mensagem  “O Sonhador”, não consegui encontrar o autor desse texto]


Sobeja do tempo!

Estes rastros são meus? Ainda permanecem intocáveis... Surpreende-me como o tempo não os dilacerou!
Minha alva alma infante, minhas partículas pueris, minhas reminiscências pelo o vento despedaçaram!
Sim, sempre aqui, não estou a chorar, lanço-me ao vago, ao imperceptível...
Essas linhas desconhecidas captam minhas emoções mais comedidas...
Esse espectro não é somente meu, tem muitas misturas puras, sujas,
As imagens não se apuram, unidas, bem fortalecidas,  a sensação não pode ser medida, não assusta, mas grita sem ecoar som.
Percebe-me? Talvez, talvez voe em minhas asas, ou fique preso em seus próprios passos.
Imprudente, cansaço, não, isso não pode deslocar de nós, voltemos...deixemos os rastros que o tempo...Ah, o tempo um dia os despedaça!

Denilson

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lembranças da infância...

 
  No passado ficaram doces recordações de um dia de verão,
reminiscências afáveis de um dia de inverno,
uma tarde azul, com pássaros errantes sobre um rio cristalino ...
  Eu, menino, a correr sobre o pomar , não precisava de mais nada, apenas sonhava...
  Minha mãe trabalhadora, sempre fiel e encantadora, só sabia me amar!
  O querido papai ao chegar, revia o doce lar!
  Eram dias de total despojamento, pelo menos para mim, que curtia minha infância como uma eternidade a durar!
Denilson

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lei da semeadura: você colhe o que semeia!

Não se engane, alguém já semeou feijão e colheu abóboras?
 A cada dia que vivemos semeamos alguma coisa em um solo espiritual,  mágoas, ira, desonestidade, desamor.
Quantas vezes seus pais o aconselharam e você achou intrusão da parte deles, que amavelmente queria indicar uma escolha certa, baseada na maturidade por eles alcançada?
Você se promoveu, mesmo para que isso tivesse que mentir, caluniar, sabotar?
Você deixou de aceitar e dar amor a alguém pela desconfiança?
Maltratou as pessoas? Sentiu-se superior ao ponto de achar que as pessoas eram desprezíveis, desprovidas de potencial algum?
E as vezes que seus familiares quiseram estar juntos contigo pelo simples fato de curtir sua presença, relembrar o passado, as brincadeiras de infância, seu crescimento, suas lutas e sucessos, mas você, você, nunca se importou com nada!
Nesse solo fértil chamado VIDA, com certeza semeamos muitas coisas, acredito que se existe um campo físico, também há um campo espiritual, esse campo afeta toda nossa alma (pensamento, vontade e emoção), e é neste campo que semeamos e colhemos no nosso emocional toda nossa satisfação ou descontentamento!
Reclama de seu estado hoje? Olhe para o ontem... O que semeou?
E você que passa por situações que julga não merecê-las, continue semeando o bem, uma hora qualquer verá que será muito abençoado!
Nunca se esqueça: seu futuro depende do que você põe em prática hoje!

Denilson