sábado, 1 de janeiro de 2011

Nada é para sempre!

O título acima é uma paráfrase do filme a que assisti há muito tempo, embora  tenha considerado o enredo bem lento, esse filme me fez pensar muito na fugacidade do tempo.
O filme retratava a questão familiar, um casal e dois filhos (esses tinham o hábito de pescar com seu pai, desde criança)!
Reuniam-se para as refeições à mesa, agradeciam em oração pelo alimento dispensado, enfim, o filme abordou as diferenças de personalidade dos filhos, mesmo criados da mesma forma, mas o que me chamou mesmo a atenção foi a sequencia do tempo na existência, pois mostrava gradativamente os períodos existenciais, o crescimento dos filhos, as paixões, a perda dos pais, o término familiar pela morte!
Um dos irmãos, depois de velho, vai ao rio pescar, sozinho, pois todos morreram, sua mente é invadida pela lembrança de quando a família se reunia,quando ele , seu irmão e seu pai pescavam no mesmo lugar, seu coração parece então ser tomado pela saudade, pela maturidade e reconhecimento de coisas que só damos valor ao perdê-las, o final é comovente: no crepúsculo, somente um filho, à margem de um rio, com sua vara de pesca, suas lembranças e saudade, ele expõe, através das palavras abaixo, tudo o que sente:

“Mas, quando estou sozinho à meia luz, toda vida se desfaz, e sobram só minha alma, minhas lembranças e os sons do rio, um ritmo de quatro tempos e a esperança de pegar um peixe.
No final, tudo se funde numa coisa só e um rio a atravessa. O rio foi interrompido pelas enchentes e corre sobre as pedras do porão do tempo.
Algumas pedras são pingos eternos. Sob as pedras estão as palavras. E algumas palavras são delas”.

            A mensagem que pude extrair desse filme foi a valorização das coisas que muitas das vezes consideramos sem importância : a harmonia familiar, os lugares significativos, os princípios que nossos pais nos transmitem, tudo isso, deve ser aproveitado com muita intensidade, o tempo é efêmero, deixando-nos apenas as palavras, absorvidas em formas de lembranças, saudade...
 
                                                                                                                                            Denilson

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