domingo, 4 de dezembro de 2011

Vibrações

“Vibrar é viver. A vida vibra. No abismo etéreo à música das esferas, no segredo subterrâneo dos sepulcros, na luz, na chama, no perfume, no som, na putrefação. Vibra à semelhança na alma. Psique é o entusiasmo ou a melancolia. Há clarins e lampejos solares no entusiasmo; na melancolia adágios que agonizam e sombras mortas. E entre os extremos alcances matizam-se as cadências do coração – musicalmente, como se diz do som; em gradação de cores, como se diz da luz; entre a lírica intensidade rutilante e a vibração angustiada e tarda das elegias cresce a sinfonia cromática das paixões.”
Raul Pompéia

Um comentário:

  1. Olá estimado Denilson,

    Profundo e verdadeiro o pensamento deste autor.
    A vida terrena deveria ser uma vibração contínua, mas nem sempre assim é.
    Depois, a morte é uma forma de vibração diferente, mas é uma forma de vida calada.

    Boa semana.

    Beijos de luz.

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