Partiu, nem
se despediu...
Deixou-me sem
sequer um adeus
Tornou seus
passos rápidos, não permitiu que olhasse seus olhos,
Tampouco que
eu lhe conhecesse,
Aqui, só,
somente eu, talvez esse seja meu destino,
Envolto na
solidão, na saudade, na abstração de seu eu,
Da sua
essência que em mim não se revelou.
Fico aqui,
menestrel, cantando às eiras,
Sobre as
gôndolas, somente eu, a lua
e o marulhar
dos oceanos,
só, eu e a
solidão dos mares noturnos,
a fim de
enganar meu desencanto,
dissimular
meu sofrimento,
deslizar o
pincel sobre minha face de palhaço,
mascarar
minha agonia,
minha
maquiagem ,meu escudo,
a repelir, a
ausência do que nunca mais voltará!
Denilson