domingo, 30 de dezembro de 2012


Partiu, nem se despediu...

Deixou-me sem sequer um adeus

Tornou seus passos rápidos, não permitiu que olhasse seus olhos,

Tampouco que eu lhe conhecesse,

Aqui, só, somente eu, talvez esse seja meu destino,

Envolto na solidão, na saudade, na abstração de seu eu,

Da sua essência  que em mim não se revelou.

Fico aqui, menestrel, cantando às eiras,

Sobre as gôndolas, somente eu, a lua

e o marulhar dos oceanos,

só, eu e a solidão dos mares noturnos,

a fim de enganar meu desencanto,

dissimular meu sofrimento,

deslizar o pincel sobre minha face de palhaço,

mascarar minha agonia,

minha maquiagem ,meu escudo,

a repelir, a ausência do que nunca mais voltará!
Denilson