segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Objeção

Quem disse que tenho que escrever  com cadência?
Quero escrever DESencadear, como  torrencial chuva DESenfreadamente,
Ela sim me entende,  para ela o que escrevo é um repente,
Gota que, DEScompassada,  rola com DESpropósito, DESmedida, DESmesurada...
Não sou obrigado a obedecer, se posso fugir às regras e  DESobedecer,
E se me julgas anárquico porque não tenho propósito,
Acrescente-me o “de” : DESpropósito,
Não quero nada agora, entenda-me bem,
DESmitifique o mito envolto no falso mérito,
Conceda-me à petição: DESmérito.
Estranho poder do “DES”, poder do DESmerecimento...
E por isso, vivo DEScontente!
Denilson 26/ 12/ 2011

4 comentários:

  1. Bem forte esse texto cara, fugir as regras pode ser uma forma de se defender, mas também pode ser uma forma de se manter firme no jogo.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Querido e doce Denilson,

    Não irei usar esse maldito prefixo, que é só negação.
    Poema bem construído, mas muito sentido e revoltado.
    Então o Natal foi ontem e já está não contente?

    Então se modifique, porque a sociedade, essa não muda.

    Beijos com muitos sufixos (generosos, afectuosos, amorosos) de luz.

    ResponderExcluir
  3. Produção Sem Roteiro, grato pelo seu sábio comentárito aqui postado!
    Abraços!

    Doce Luz, estou contente sim, mas foi meu "eu lírico" que se apossou de mim e o resultado, á sabe, foi esse poema!

    Precisamos, realmente, de conversão a cada dia!
    Beijos contentes e com amor!

    ResponderExcluir
  4. A desconstrução é muitas vezes necessária, mas sabendo que já existe uma natureza esplendida que é humana, que é pura ou impura e que tem seu papel. As vezes nós pairamos em conceitos e nos esquecemos que somos reais, homens reais. A morte do homem seria nossa salvação?
    Feliz natal Denilson.

    ResponderExcluir