quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fernando Pessoa

Fernando Antonio Nogueira Pessoa
* Lisboa, Portugal – 13 de Junho de 1888 d.C
+ Lisboa, Portugal – 30 de Novembro de 1935 d.C
"Se depois de eu morrer,
quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas
- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus."

Fernando Pessoa/Alberto Caeiro; Poemas Inconjuntos; Escrito entre 1913-15; Publicado em Atena nº 5, Fevereiro de 1925






Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, tendo perdido o pai, aos cinco anos de idade. Sua educação é iniciada em escolas inglesas, o que lhes propicia domínio sobre a língua anglo- saxônica. Estuda na Universidade de Cabo. Torna-se colaborador da revista A Águia. Dedica-se ao espiritismo, declarando-se “médium”. Dedicou-se, ainda, ao ocultismo. Reconhece-se anormal. As tendências para a loucura foram, muitas vezes, dominadas pela sua inteligência.
No final da vida teve fortes crises de depressão mental, que o levaram ao vício da embriaguez.
Sua produção literária é difícil de ser interpretada em virtude da sua própria personalidade psicopática . É, entretanto, um sincero. Nada o atemoriza. As fases simultâneas de sua vida podem ser estudadas através dos seu heterônimos. Assim temos em Fernando Pessoa várias personalidades a quem atribui nomes, aspectos físicos, idade e até altura. Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, são por exemplo, alguns de seus heterônimos.
De seus poemas podemos destacar Guardador de Rebanhos, cujo heterônimo é Alberto Caeiro; Chuva Oblíqua; Ode Marítima .
A poesia de Fernando Pessoa traduz a aparente negação de si mesmo e que é descoberta dentro de sua alma. Diz ele: “Não tenho fé em nada, esperança de nada, caridade para nada. Abomino com náusea e pasmo os sinceros de todas as sinceridades e os misticismos de todos os místicos”.
Sua arte consiste no conteúdo de sua mensagem, em ser generoso e conseguir toda a amargura que a vida proporciona.

QUADROS, Jânio. Curso Prático Da Língua Portuguesa E Sua literatura. 1ª edição. São Paulo, Formar, 1966.

Um comentário:

  1. Olá Denilson.

    Que grande verdade, que Pessoa disse.
    Belíssima aula, que me estás a dar.
    Penso postar, amanhã. Se possivel aparece.

    Beijos de luz

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