quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A crise existencial junto ao tempo


“Era uma manhã de inverno, as neblinas cobriam as montanhas, tocavam o verde e ofuscava sua tonalidade.
O homem, aquém das vidraças, percebe tudo lá fora, se sente preso, mas não é a prisão sofrida pelos que violam a lei, é a prisão do eu, que sufoca, coloca grades frias na alma.
Quer entender o sentido da vida, da felicidade, das pessoas, e tem certas ideias quanto ao que se destina tudo.
Precisa se encontrar, entender o porquê disto ou daquilo, o que fazer, como fazer, onde fazer.
Ideias perturbadoras subjugam sua mente, será que vai dar certo? Serei feliz? Ou não?
O passado o aflige, o hoje perturba e o amanhã apavora!”

Quantas pessoas não vivem assim? Acredito que a maioria das pessoas passa por um período de questionamento existencial, de incertezas futuras e até mesmo de desânimo diante da vida!
Por vezes temos ideias absurdas de prostração, de frustração, isso é comum, mas deixar que essas ideias o dominem totalmente e o paralise, cabe somente a você.
Existe um momento que temos que arrancar as últimas forças do nosso interior para vencer uma crise existencial.
Em muitas batalhas, parece que amigos somem, que as pessoas que amamos não nos compreendem e nos sentimos sozinhos.
Para vencer é necessário “domar” a mente, cuidar do corpo e não deixar o desânimo apoderar-se.
Os dias maus virão certamente, ninguém ficará livre dele, das lutas interiores para sempre, pois vencemos aqui, lutaremos acolá.
A vida é sempre assim, não é mesmo caro leitor?
Saiba que muitas vezes queremos uma explicação plausível para situações da vida, quem as têm?
Religiões tentam através de conceitos elucidar certos fenômenos que nos advém, particularmente, entendo que Deus ora se revela, ora encobre seus soberanos propósitos e estes são os mistérios.
Algumas coisas não se revelarão na vida efêmera, mas na eternidade.
Existe um véu efêmero que nos separa de certa forma dos mistérios eternos. Isso quer dizer que devemos viver, não desejando saber aquilo que nos é ocultado e aceitando que o tempo urge.
Acredito que o tempo é amigo do Criador, aparentemente nosso inimigo, pois consome nossa juventude, eterniza nosso sofrimento, torna-se veloz quando somos felizes.
Mas ele também revela-nos propósitos eternos, traz em sua mão sabedoria e nos oferece, alguns aceitam, outros não.
Sabedoria que nos ensina o amor próprio, mas que extraí a vaidade excessiva.
Quantas pessoas  vivem admirando-se a si, fazem questão de citar todas as qualidades que possuem, às vezes nem as possuem de fato, nem percebem que  personificam a soberba, são pessoas que não tem vida social, são tão cheias de si que não atraem amigos, todos se afastam, porque relação é troca, e não meu próprio reflexo no outro.
O tempo nos oferece mudanças, respostas, compreensão, aceitação, mas muitos correm do tempo, eu também corro, pois morro de medo de envelhecer, mas procuro aprender as lições que o tempo me ensina e quer me ensinar.
Alguns viverão uma vida longa e jamais permitirão aprender a ser melhores consigo e com outros!
Passarão para a eternidade inflamadas de orgulho, mesquinharias, invejas, porfias, maldades, egocentrismo, mágoas.
Onde você está preso? Depende de você, do tempo? Está disposto a aprender, aceitar, amar e desprender?
Denilson 28/07/2010

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