sexta-feira, 22 de julho de 2011

DÁ-ME A FESTA MÁGICA

DEUS – e de onde é que tiras para acender o céu
este maravilhoso entardecer de cobre?
Por ele soube encontrar de novo a alegria,
e a má visão eu soube torná-la mais nobre.

Nas chamas coloridas de amarelo e verde
iluminou-se a lâmpada de um outro sol
que fez rachar azuis as planícies do Oeste
e verteu nas montanhas suas fontes e rios.

Deus, dá-me a festa mágica na minha vida,
dá-me os teus fogos para iluminar a terra,
deixa em meu coração tua lâmpada acendida
para que eu seja o óleo de tua luz suprema.

E eu irei pelos campos na noite estrelada
com os braços abertos e a face desnuda,
cantando árias ingênuas com as mesmas palavras
com que na noite falam os campos e a lua.

Pablo Neruda
Tradução: José Eduardo Degrazia
(Chile)

2 comentários:

  1. Olá Estimado Denilson,

    Que inspiração Nerudiana!
    Eu já conhecia o poema e é insustentavelmente belo.
    Me visite. Obrigada.

    Beijos de luz, do sol e da lua.

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  2. Olá Denilson,

    Agradeço as suas maravilhosas palavras a respeito do meu poema, tal como o vídeo sugerido. Já lá está. Gosto de agradar os meus amigos.

    Beijos de luz.

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