quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Da ilusão que se perdeu!



Esse  querer dentro de mim está entorpecido. Torpor resultante da dor, do desrespeito, mentira, traição. Das utopias de minha adolescência, dos filmes românticos, dos contos que prenunciavam “felizes para sempre”!
As duras penas deslocaram meus encantos, modificaram-me, apresentaram de outra maneira minhas supostas verdades juvenis, habituei-me ao cansaço de sonhar, perdi o encanto do amor verdadeiro, da fidelidade.
Minhas expectativas consistem em ser feliz sim, todavia, em ser eu: diáfano, neutro, imparcial.
Não quero ser o tolo que ama desmesuradamente, que fala às rosas, que espera o fortuito me “dar uma força”, que se deixa apaixonar; nada de ilusão por um gesto, um olhar, um abraço e um breve beijo!
Deixe-me ser eu! Um eu que traspôs um determinado período, ser este que amou e não foi amado; que sacramentou o profano, que doou-se à mendiga e se empobreceu. Este ser efêmero, este ser é apenas EU!
Denilson 15 /10 /2012

Um comentário:

  1. Precioso este teu texto. Parabéns! Querido a vida nos modifica, nos transforma, cria cicatrizes mas jamais tira a esperança.O encanto está no amor e na inocência que permeia o sentimento..Bjs Eloah
    Brisas e sonhos

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