Esse querer dentro de mim está entorpecido. Torpor
resultante da dor, do desrespeito, mentira, traição. Das utopias de minha
adolescência, dos filmes românticos, dos contos que prenunciavam “felizes para
sempre”!
As duras penas deslocaram meus
encantos, modificaram-me, apresentaram de outra maneira minhas supostas
verdades juvenis, habituei-me ao cansaço de sonhar, perdi o encanto do amor
verdadeiro, da fidelidade.
Minhas expectativas consistem em
ser feliz sim, todavia, em ser eu: diáfano, neutro, imparcial.
Não quero ser o tolo que ama
desmesuradamente, que fala às rosas, que espera o fortuito me “dar uma força”,
que se deixa apaixonar; nada de ilusão por um gesto, um olhar, um abraço e um
breve beijo!
Deixe-me ser eu! Um eu que traspôs
um determinado período, ser este que amou e não foi amado; que sacramentou o
profano, que doou-se à mendiga e se empobreceu. Este ser efêmero, este ser é
apenas EU!
Denilson 15 /10 /2012
Precioso este teu texto. Parabéns! Querido a vida nos modifica, nos transforma, cria cicatrizes mas jamais tira a esperança.O encanto está no amor e na inocência que permeia o sentimento..Bjs Eloah
ResponderExcluirBrisas e sonhos