sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Trovadorismo Na Literatura Portuguesa

Baseada em toda história da Idade Média, essa literatura é pulsante e popular, caracterizada por cantigas e trovas feitas por jograis, é uma literatura politizada que demarca toda condição social.
O povo vivia sob o feudalismo, sofria os mandos e desmandos da igreja católica que era considerado o grupo superior. A sociedade feudal era composta por castas, não havia ascensão social.
Instrumentos musicais medievais: Rabeca,saltério, charamela, realejo e alaúde
Inicia-se em 1189 ou 1198 (não há data precisa), através da “Canção da Ribeirinha” , conhecida também como “Cantiga da Garvaia”, escrita por Paio Soares de Taveirós. Essa literatura se estende até 1418, data em que se inicia o Quinhentismo.
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, acompanhados de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
O teocentrismo (Deus, o centro do Universo e do pensamento humano) , através da condição católica, imperava, adoravam ao padre e ao bispo. O teocentrismo é a condição do ideal do trovadorismo.
Réplicas dos instrumentos medievais criadas por aluna
 para apresentação de trabalho do Trovadorismo
As cruzadas também tinham ideal catolicista, as pessoas saiam  do condado de portucale em busca das especiarias do oriente, inflamando manifestações religiosas em buscas dessas especiarias e principalmente na luta contra os Mouros(grupo que tentava invadir os condados da região ibérica).
As pessoas que estavam ligadas as cruzadas percebiam as condições financeiras atreladas a ela. Encontravam iguarias baratas, vendiam mais caras e lucravam. Isso ocasionou um dos maiores problemas das cruzadas, pois atiçou a ganância daqueles que participavam delas.
O ideal de lírica vem de lira (instrumento musical), usada para acompanhar a musicalidade presente nos textos trovadorescos. Observe que no íntimo do poema existe uma musicalidade, podemos pegar um poema e transformá-lo em um funk, heavy metal,isso porque em um poema estão presentes a divisão métrica em estrofes, em versos, em cada  sílaba, que é atrelado a ideia musical de cada lírica. Nas canções trovadorescas encontremos esse tom de musicalidade.
As cantigas trovadorescas são divididas em:

  • Líricas
Cantiga Lírica de Amor- Condição do homem em amar sua mulher que para ele é única, não podemos nos esquecer de que essa característica também é encontrada na literatura romântica do século XIX. O “eu lírico” eterniza, eleva a mulher que para ele é bela, casta, ou seja, elevada.
Cantigas Líricas de Amigo- Na realidade não é para um amigo, mas a voz feminina que fala ao “amigo-namorado”, amante, embora o escritor seja homem. Há presença do medo em perdê-lo (seu amado) para a guerra ou para um novo amor. Lembre que nessa época os homens viajavam e ficavam longe de suas amadas.
  • Satíricas
Cantigas de Escárnio e Maldizer- Nessas canções não se utilizavam muito da lírica. Eram canções para se falar mal de alguém, de forma indireta, utilizando o duplo sentido, em algumas situações eram utilizados palavrões. As de escárnio falavam de forma implícita e as de maldizer de forma explícita. Não buscavam nelas o ideal, a sátira era grande, baseada no princípio latino “ridendo castigat mores”, ou seja, é a rir que se castiga os costumes.
Alguns instrumentos medievais: Rabeca ,saltério, charamela, realejo e alaúde.

Aproveito para postar e compartilhar com vocês as fotos de um trabalho que uma aluna  do 2º ano do ensino médio apresentou sobre o Trovadorismo e os instrumentos musicais da Idade Média. Orientei que fossem criativos na apresentação do trabalho. A aluna citada,  criou em réplica os instrumentos medievais. Ficaram lindos e a apresentação foi clara e objetiva, pois além da coerência oral, utilizou-se do visual, enriquecendo o trabalho e favoreceu a aprendizagem da turma.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

E a primavera chegou...

Tão calma,
Por si, instaura novo tempo, de cores, sonhos e flores!
Não há de se pensar no inverno, enfim... ele passou...
Com suas dores,
Com suas mágoas,
Com seu frio!
A primavera adentrou o salão,
Festivo momento, que nos convida a dançar,
Flores a  adornar,
com seu aroma a nos perfumar!
Há uma canção sussurando no ar...escutas?
Eu pergunto :
_ Quem és?!
E ouço, bem baixinho:
Es-pe-ran-ça!
 Denilson 26/09/2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nos bons tempos da velha escola...


Ainda hoje assisti a uma reportagem de um aluno que agrediu uma professora porque ela foi   maldosa e não o deixou falar ao celular em aula.
Amo a profissão docente, Paulo Freire define como um sacerdócio, e eu, reles mortal, tenho que concordar com ele, porque só por acreditar em algo transcendental, faz com que permaneçamos na dura lida de ensinar.
Antigamente, quando se fazia uma "bagunça sadia" éramos punidos sem piedade pela escola, por nossos pais e nem direito tínhamos de reclamar, afinal, desproviam-nos de razão.
Bem sei que os tempos mudaram... Ah, como mudaram...
Outrora, no recreio, jogávamos queimada, praticávamos alguma brincadeira. Hoje, não querem cordas, petecas, bolas, querem falar de namoradinhos (as), antes só falassem, mas a pirralhada que mal saiu das fraldas já estão dando trabalho à diretora que tem de sair às pressas para que não se "peguem" atrás da escola (e isso já presenciei). Hormônios à flor da pele, dá-se um desconto, mas convenhamos que conseguíamos ter mais controle sobre nossas libidos.
Não tínhamos material didático, transporte escolar, computador, nadinha, nadinha...era apenas um simples caderno, giz, alguns lápis, mal tínhamos um estojinho para colocar nosso escasso material, mas estávamos lá, com brio e respeito na cara!
Já ouvi pais dizerem que não sabem o que fazer com os filhos, aí fico louco, porque quando aprontava, meus pais sabiam o que fazer comigo e como sabiam! Não quero nem lembrar das sovas, broncas, coças e castigos que restringiam coisas de que gostavam de fazer!
Desculpem-me os que concordam que o bater não resolve, mas definitivamente não aceito como plena essa verdade. Ainda acredito que de vez em quando uma varinha  pernas abaixo ou sovando o bumbum faz um bem enorme e ajuda a ovelhinha teimosa a endireitar o caminho, no entanto, ressalto:  uma varinha é o oposto de espancar!
Façamos um paralelo e pensemos, éramos ignorantes nos tempos passados, ou essas "crioncinhas" evoluiram demais?
Alguém de vocês se tornaram amargos ou suas personalidades foram distorcidas por conta de uma varadinhas ou até mesmos cintadas?
Fico preocupado, onde vamos parar?
Imaturos que fazem e acontecem sem nenhum mecanismo de coerção! Crianças respondonas aos pais e professores, embasadas pelo sistema que deixam-nas livres!
Talvez, como "sacerdotes educacionais" essa seja mais uma missão de elevado grau espiritual : bodes expiatórios, aceitar o sistema secular, abnegar o passado, isso tudo sem enlouquecer, sem se levar em conta os vexames dos nossos salários, mas isso fica para próxima...
Denilson 23/09/2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Antes De Dormir...


Antes de dormir gosto de apreciar com madureza aquelas tênues lembranças,
das noites, em que era rodeado por várias pessoas,
rostos discretos meio ao murmúrio.
Gosto de despertar em minhas lembranças, o intangível,
E, mesmo na consciência que são puras abstrações,
Resigno-me em meus sutis e consumidores devaneios!
Na minha noite absorta na mudez,
Há ecos silenciosos de lembranças,
afetuosas,
Há saudosismo  iminente que instaura!
Tropel infinito de tudo por mim recordado...
E o sono, vem assim, meio que de sereno,
mansinho e inho... e possui  cada inquietação,
minha alma, agora se torna plácida,
e repouso brando!

Denilson 31/08/2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Trabalho: Notícia (Criação & Evolução)

Este trabalho foi desenvolvido durante o estudo nas minhas aulas do gênero textual notícia.
A prof.ª de ciências, Ivonete, estava trabalhando as teorias da evolução (Darwin) e da Criação (crença religiosa), então nos agregamos com o intuito de um breve trabalho de natureza interdisciplinar.
Solicitei aos alunos, através de trabalho em grupo, que produzissem notícias sobre as teorias, como se vivessem na época.
O trabalho foi gratificante, pois a metodologia interdisciplinar possibilita o diálogo e a colaboração, desperta o desejo de inovar, pesquisar, tanto no aluno, quanto no professor.


O PROFETA DIÁRIO
PROCLAMADO O CRIACIONISMO
14/05/00 C.C.
“No 8º dia da criação, o Todo Poderoso comunica a  todos os interessados(escribas, fariseus, magos e demais fiéis) que  todo o universo inclusive a Terra foram criados por ele”
O Todo Poderoso disse que a  imprensa celestial publicará
um livro com detalhes da Criação
Em reunião ordinária, no templo central, com a presença de fiéis, desconfiados e ateus, o Todo Poderoso detalhou cada etapa de criação do Universo, da Terra e de todos os seres que nela habitam.
Deixou claro que trabalhou incansavelmente durante 6 dias; e como Ele não é “de ferro” descansou no 7º.
Hoje, mais disposto, convocou essa reunião para que, no futuro, não questionem a autoria do fato.
Disse ainda que, em breve, a imprensa celestial publicará um livro que trará detalhadamente cada fase da construção do mundo, porém para antecipar fez um breve resumo de seus atos: No1º dia: criou o céu a Terra e a luz.
No 2º dia: separou o céu das águas. 
No 3º dia: criou os rios, mares, lagos e oceanos e também o Sol; na Terra criou árvores, cada uma com um fruto diferente.
No 4º dia: criou o Sol a Lua e as estrelas, e colocou-os nos seus devidos lugares.
No 5º dia: criou os animais.
No 6º dia: criou o homem e a mulher.
No 7º dia: como já citado, descansou.
A oposição ouviu tudo calada, mas nos bastidores já se ouviam um “zum,zum,zum”, que dizia aquela célebre frase: “Há controvérsias”...Mas isso é uma outra história.

JORNAL ONTEM, HOJE SEMPRE
CIENTISTA DEFENDE A IDEIA MAIS ABSURDA DE TODOS OS TEMPOS
14/5/1863
“O biólogo inglês Charles Darwin, apresenta ao mundo o resultado de sua pesquisa, realizada em várias partes do mundo e tenta convencer a todos que as coisas não são como vemos e que nós seríamos, descendentes de um ser primitivo, do qual, também o macaco  surgiu...”
Darwin em suas pesquisas

        Depois de quase não embarcar no navio “BEAGLE”, por causa de uma mocinha chamada Fanny Owen (paixonite de infância), o jovem cientista Charles Darwin, apresentou ao mundo científico e leigo o resultado de seu trabalho de 20 anos de pesquisa. Ele viajou por várias partes do mundo para estudar e entender a origem da vida de outro ponto de vista, o da Ciência. Ele mesmo elaborou e publicou seu livro onde fala tudo sobre a Teoria da Evolução das Espécies.
Hoje em coletiva à imprensa declarou diante da plateia que nós somos descendentes de primatas, parentes dos macacos. Uma senhora desmaiou ao ouvir tamanho absurdo. Outras pessoas simplesmente deixaram o local indignadas e por detrás das cortinas diziam: “ Isso é um insulto ao Todo Poderoso, ele certamente será excomungado”. Mas o cientista continuou sua entrevista e resumiu a conversa dizendo:
“O mundo surgiu de uma grande explosão e depois de muitas mudanças, surgiram os 1º seres vivos, procariontes e unicelulares. Estes seres foram evoluindo até darem origem a todos os seres de hoje. A natureza é sábia e só sobrevivem os melhores adaptados, aqueles que herdam dos pais as características para sobreviverem e se reproduzirem. E isso eu chamo de Seleção Natural”.  
Francesco Redi e Louis Pasteur, que refutaram a Teoria da Abiogênese, ouviram tudo quietos e saíram calados.
Alguns vizinhos de Darwim, dizem que sua esposa chora e reza todos os dias para que o marido se arrependa e desminta toda essa loucura. Afinal ela quer encontrar seu querido no céu e não em outro lugar quando morrerem. O mundo está chocado. Não podemos dizer mais nada, caro leitor, a última palavra é sua. Alguns porta-vozes do Todo Poderoso dizem que Ele prefere calar-se e jamais tirar o direito de cada um  de  acreditar no que quiser.
Editores:Yuri, Isabela, Taiane, Ana Carla e Raiane